segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bakunin, Mikhail


Político russo (1814-1876). Um dos teóricos do anarquismo, Mikhail Aleksandrovitch Bakunin propõe uma revolução universal baseada no campesinato e defende o uso de violência para mudar a sociedade.

Nasceu em Premukhino, filho de um grande latifundiário. Começou a estudar na Universidade de Berlim em 1840 e a partir do ano seguinte, passou a se dedicar às atividades políticas.

Entre 1843 e 1848, viaja pela Europa e conhece o filósofo alemão Karl Marx, defensor do comunismo, e o jornalista francês Pierre-Joseph Proudhon, principal teórico anarquista. Participa de movimentos revolucionários na Alemanha e acaba condenado à morte. Foge para a Rússia, onde é preso e deportado para a Sibéria (1857).

Escapa da prisão em 1860 e volta para a Europa. Envolve-se em movimentos políticos na Polônia e na Itália. Em 1868, funda a Aliança Internacional Democrática Social, entidade de destaque na introdução do anarquismo na Espanha. A partir de 1869, passa a promover atentados com o russo Netchaiev. Sua intensa militância não impede sua obra teórica. Entre outros, escreve Deus e o Estado (1871), Federalismo, Socialismo e Antiteologismo (1872) e O Estado e a Anarquia (1873). Morre em Berna, na Suíça.


Se eu mereci a condenação à morte? De acordo com as leis, pelo que eu pude compreender da explicação de meu advogado, sim. Segundo a minha consciência, não. As leis estão raramente de acordo com a história e permanecem quase sempre atrás dela. Eis porque há agitações sobre a terra e sempre haverá. Eu agi segundo minha melhor convicção e nada busquei para mim mesmo. Fracassei como tantos outros, e alguns melhores, antes de mim, mas o que quis não pode perecer, não porque eu o quis, mas porque aquilo que eu quis é necessário, inevitável. Cedo ou tarde, com maior ou menor sacrifício, isso virá, no sentido de seu direito, de sua realização. Este é o meu consolo, minha força e minha fé.
(Bakunin)

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