segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Feijó, Diogo


Diogo Antônio Feijó foi estadista (político) e sacerdote brasileiro. Nasceu no dia 17 de agosto de 1784 em São Paulo, onde morreu no dia 10 de novembro de 1843. Dizia ser “filho de pais incógnitos”. Era homem ríspido, inflexível, dispensador de honrarias, tanto que chegou a recusar em sua vida clerical a nomeação para bispo da região de Mariana. Como clérigo, assumiu posição não-ortodoxa, chegando a defender abertamente a abolição do celibato clerical e a designação dos bispos pelo Estado.

Em 1809 ordenou-se sacerdote, exercendo o sacerdócio em Parnaíba, Guaratinguetá e Campinas. Foi também professor de História, Geografia e Francês. Mais tarde, em 1818, estabeleceu-se em ltu e Campinas, dedicando-se ao estudo de Filosofia.

Em 1821, partiu para Lisboa, como deputado por São Paulo. No exercício do mandato, pugnou abertamente pela independência do Brasil. Era integrante do grupo de políticos que recusou a assinar a constituição portuguesa. Em conseqüência do movimento de agitação contra os brasileiros separatistas, Feijó viu-se obrigado a fugir para a Inglaterra. Regressou ao Brasil depois da proclamação da Independência.

De 1826 a 1831 foi deputado-geral, assumindo logo depois a pasta da justiça, tomando parte ativa na política. Destacou-se dentre as iniciativas de Feijó: a proteção que dispensou à colonização que deveria substituir o trabalho escravo, a regulamentação do ensino primário e a reorganização do serviço alfandegário. Desejando-se que José Bonifácio fosse destituído da tutoria dos príncipes e vendo-se contrário abandonou o ministério.

Em 1833 se tornou presidente do Senado, pelo Rio de Janeiro. Assumiu a regência do Império em 1835, ficando por dois anos até sua renúncia. Presidiu o Senado em 1839, mudando-se mais tarde para São Paulo, com a intenção de dedicar-se à lavoura.

Em 1842 participou da revolução liberal. Contudo, durante a revolução de 1842, seguiu para Sorocaba. Foi preso, levado para Santos, depois para o Espírito Santo. Defendeu-se da acusação em 15 de maio de 1843, conseguindo ser absolvido. Seu falecimento ocorreu enquanto ainda aguardava pronunciamento do Senado.

Considera-se Feijó um dos fundadores do Partido Liberal, pois pertencia a corrente “moderada”, que se opunha aos “exaltados” que eram republicanos e aos “caramurus” que eram restauradores.

Teve grande importância na política imperial, tanto por seus atos, como por sua influência, ocupando um lugar de destaque na história política do Brasil. Escreveu algumas obras, como: Demonstração da Abolição do Celibato, Preliminares da Filosofia e outras.

Prof. Yuri Almeida

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