domingo, 1 de novembro de 2009

Pensamento Filosófico-Científico

O mundo durante muitos séculos vivera numa cosmovisão mítica, isso significa que o homem ainda não tinha um pensamento lógico nem científico, ou seja, o homem buscava explicações para tudo no sobrenatural e metafísico.

Mas houve na história pensadores que indagavam essa cosmovisão, como, por exemplo, o pré-socrático Parmênides que via o mundo através da razão somente, sendo os outros métodos como o mítico, livres para erros da alienação.

O cristianismo primitivo em sua práxis era mítico e com o surgimento da instituição criou-se os dogmas que eram as opiniões doutrinárias resultante dos concílios. A Igreja passou a enraizar seu poderio político. Dela saía a cosmovisão para o mundo e quem tem conhecimento tem poder, sendo assim ela também dominava culturalmente.

Durante muito tempo a cosmovisão ainda não tinha a luz da ciência e a filosofia era a mente do mundo. Porém nos sécs. XIV, XV e XVI o homem já aparentava uma visão diferente do mundo, isso com ajuda das artes, das letras, dos movimentos culturais do Humanismo e do Renascimento. O Humanismo apresenta um homem mais racional que sabe olhar para o passado analisando seus passos. Este fora muito importante porque quebrou um pouco a visão teocrática da Igreja e apresenta o mundo em nível horizontal. Pensadores como Pico de la Mirandola, Erasmo e Thomas More começam a reinterpretar o homem.

A própria Reforma protestante é uma mostra de que o mundo não estava tão satisfeito com o domínio da Igreja Católica. Por outro lado à Igreja Católica reagiu com a ação da inquisição, dos movimentos místicos e outros. O concílio de Trento (1545-1563) tentou fazer reformas na ultrapassada igreja

No séc. XVII aparece o movimento cultural-filosófico chamado de Iluminismo. Fora um grande esforço consciente de valorização da razão e abandono dos paradigmas tradicionais. Mas foi no séc. XVIII que o racionalismo teve um grande advento, refletindo mudanças em todos pensamentos, inclusive filosófico e teológico.

Muitas coisas tinham mudado na cosmovisão do homem:

· Nicolau Copérnico e João Kepler estabelecem a teoria heliocêntrica.

· Galileu Galilei via a natureza como um sistema matemático.

· É rejeitado as maneiras tradicionais de chegar a verdade.

· René Descartes (1596-1650) queria um conhecimento incontroverso, com total confiança na matemática. Para ele o conhecimento verdadeiro era aquele que não poderia ser posto em dúvida. Seu axioma mais famoso é “penso logo existo”.

· Rouseau (1712-1778) era contra qualquer forma de religião organizada. Defendia o governo pelo povo, não por Deus.

· Voltaire (1694-1778) hostil contra a Igreja, sugeriu uma teologia feita a partir da natureza.

· Lessing (1729-1781) promoveu a busca do Jesus histórico.

Do Racionalismo veio o Deísmo, numa tentativa de propor uma explicação natural e científica para o kosmos. Cresce a confiança na razão, no método científico, no deísmo e nas novas propostas sociais.

· John Locke (1632-17040) diz que o conhecimento deve passar por experiência, pois só assim será verdadeiro.

· David Hume (1711-1704) estudando como se adquire conhecimento chegou a conclusão que não há um conhecimento absoluto e final (hoje isso é proposto no “pós-modernismo”). Seu sistema é conhecido como cepticismo.

O final do séc. XVIII e início do séc. XIX é marcado por grandes pensadores como:

· George Hegel, criador da teoria da dialética, pensamento esse totalmente influenciado por movimentos humanistas anteriores.

· Ludwig Feuerback, negou todo sobrenaturalismo e atribuiu toda discussão acerca de Deus à discussão da natureza. Este foi o criador da teoria do materialismo. Divulgou a idéia de que Deus surgiu como conseqüência do desejo humano em explicar sua existência.

· Augusto Comte, filósofo francês que cria que Deus é uma superstição irrelevante. Este fora à voz do positivismo e dividira a história em três fases: a teológica, a metafísica ou abstrata e a científica ou positiva.

· Friedrich Nietzsche, considerado o pai da escola da morte de Deus. Ele lançou os alicerces para os niilistas que diziam que já que Deus não existe, o homem deve idealizar seu próprio modo de vida.

· Karl Marx, pai do materialismo histórico. Analisou a história a partir dos conflitos em torno da produção econômica, sendo a economia o motor da história. A sociedade caminha em conflitos dialéticos observado nas lutas de classes. Descreveu o capitalismo como sistema político-econômico exploratório e elaborou a doutrina sociológica conhecida como socialismo/comunismo.

· Jean-Paul Sartre, principal proeminente do existencialismo, dizia que o homem é o criador do seu próprio destino e negava a existência de Deus completamente (século XX).

· Houve outros pensadores como Freud, Engels, etc.

Apesar das contribuições desses pensadores, a ciência mudou mesmo depois de Darwin, com seu evolucionismo proposto na obra “A Origem das espécies”. Bem basicamente podemos dizer que, Darwin pregava que: 1) As espécies dos seres vivos são mutáveis e intercambiáveis, havendo modificações nas espécies.2) As variações inerentes e adquiridas pelas espécies são transmitidas geneticamente.3) As variações acontecem através de uma seleção natural.

A teoria darwinista balançou os mundos religioso e científico e impulsionou a cosmovisão contemporânea. Mesmo que muitas palavras de Darwin tenham sido contrapostas, historicamente suas idéias trouxeram um novo rumo a humanidade, principalmente no meio acadêmico que se tornou muito mais científico.

Prof. Yuri Almeida

10 comentários:

  1. Rapaz, estudo História pela UNIRIO, encontrei esse texto e adorei (apesar de não ter encontrado a informação que precisava).

    Acompanharei seu blog e quando tiver tempo, lerei as outras matérias. Grande trabalho. Abraço.

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  2. eu ñ gosto muito d filosofia mais esse assunto ñ tirou minhas duvidasss

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  3. eu acho q esse blog mtoo 100 noção

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  4. muito boa sua matéria

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  5. Só faltou dizer que no tempo de Darvin se pensava que o universo era muito mais simples e que com as descobertas dos últimos 80 anos muitos cientistas antes ateus voltaram a acreditar em Deus.
    Os cosmologistas compararam as probabilidades da vida ocorrer por acidente à probabilidade de se ganhar ao mesmo tempo mais de cem loterias comprando apenas um bilhete de cada uma. Impossível — a menos que este resultado fosse arranjado por alguém nos bastidores. E é isso que muitos cientistas vêm concluindo — que alguém nos bastidores projetou e criou o universo.

    Essa probabilidade incrível está muito além de qualquer acaso. Essa nova compreensão do universo levou cientistas como George Greenstein a perguntar: “É possível que repentinamente, sem intenção, tenhamos nos deparado com a prova científica da existência de um ser supremo?”.

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  6. ... concordo com Luiz Gonzaga Martins, e até poderemos acrescentar muito mais coisas. Contudo, pelo que entendi do artigo acima, não fora escrito para opinar sobre a existência ou não de um Deus, mas sim, retratar o pensamento de alguns dos mais famosos filósofos em diferentes períodos históricos. É apenas filosofia, não teologia, ou outra forma de pensamento metafísico.
    Por isso discordo do anonimo '100 noção'.
    Gostei do artigo.
    Parabéns.

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