terça-feira, 3 de novembro de 2009

Villa, Francisco Pancho


Francisco Pancho Villa foi um militar revolucionário mexicano que nasceu em 5/6/1878 em Durango. Seu nome verdadeiro era José Doroteo Arango e viveu até os 16 anos trabalhando no meio rural. Com essa idade foi acusado de matar um fazendeiro que estrupara sua irmã e para fugir da justiça alistou-se no Exército.

Era considerado um fora-da-lei pelos latifundiários e foi caçado pelos federales (polícia mexicana), sendo líder de peões revolucionários no norte juntamente com Pascual Orozco. Para os deserdados era tido como herói, pois atacava fazendas dos grandes criadores de gado na região de Chihuahua, no norte do México, enquanto protegia os pobres.

Em 1910 juntou-se a Francisco Madero, grande fazendeiro, dono de minas, de fábricas e liberal que combatia a ditadura de Porfirio Díaz, então presidente do país, que apresentava uma política oligárquica. No mesmo ano, Madero candidatou-se à presidente, mas é preso e derrotado em eleições fraudulentas. Isso gerou uma revolta popular e a revolução mexicana em 1911, no qual o povo tomou armas, invadiu quartéis e batalhões, fazendo Porfírio Díaz fugir para a França. Pancho Villa apoiou ativamente a revolução com seu exército no norte do país. No sul havia o apoio de Emiliano Zapata . Madero se tornou o novo presidente do México.

Apesar do apoio de Pancho Villa e Emiliano Zapata, no governo, Madero manteve algumas práticas políticas de Porfírio, não realizou reforma agrária, como reivindicava o povo e apoiou ativamente a burguesia. Os EUA temia os revolucionários que desentenderam com o governo de Madero.

O revolucionário só aprendeu a ler quando preso por ordem de Madero. Costumava dizer: "A falta de cultura é o grande problema de nosso povo. Eu pago primeiro ao professor e só depois o general."

Em 1912, Pancho Villa é condenado à morte por Victoriano Huerta, general-comandante das Forças Armadas, por insubordinação. Ajudado por Madero, Pancho Villa se refugiou nos EUA. Em 1913, o general Huerta invadiu o palácio presidencial com seus homens e assassinou Madero, instalando-se no poder como ditador.

Retornando ao México, se juntou às forças do general Venustiano Carranza, rico proprietário de terras que se opõe ao novo ditador. Se forma nessa época, 1914, três exércitos revolucionários no país, o de Carranza e Obregón, de Zapata e Villa, que comandou uma cavalaria com 40 mil homens. O objetivo era a derrubada de Huerta. Na batalha de Zacatecas, o exército de Pancho Villa, com suas camisas cor cáqui, lenço vermelho no pescoço e fuzil de repetição Remington-UMC, deu o golpe final em Huerta.

Carranza se tornou o novo presidente do México, mas se desentendeu com Villa, que voltou à luta dominando o norte do país, pois na Convenção de Aguascalientes, delegados de Zapata, Villa e Carranza não chegaram a um acordo para o futuro do país. Carranza fez um acordo com militares norte-americanos que estavam em Vera Cruz.

A guerra civil continuou, mas Emiliano Zapata se ocupou com uma reforma agrária no sul, ficando Carranza lutando em conjunto com os EUA contra o exército de Pancho Villa. Este voltou a época dos tempos de guerrilha e chegou a entrar em território dos ianques como estratégia para derrubar Carranza.Contudo, o exército de Carranza venceu a guerra civil, mas a força expedicionária norte-americana não conseguiu capturar o revolucionário.

Depois de um tempo, Venustiano Carranza foi deposto. Pancho Villa se tornou um pacato agricultor no interior do país. Se casou várias vezes, tendo filhos com oito mulheres. Em 20/6/1923 foi assassinado numa emboscada.

Prof. Yuri Almeida

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