domingo, 1 de novembro de 2009

Niilismo em Nietzsche

O termo Niilismo surge na literatura russa, na obra “Pais e Filhos” de Ivan Turgueniev sendo posteriormente utilizado por Dostoivski, e é utilizado para definir o homem como um negador de valores, porém na filosofia, Friedrich Wilhelm Nietzsche o leva além dessa interpretação o tornando talvez uma das correntes de pensamento mais intrigantes do mundo contemporâneo.

Para Nietzsche, o niilismo não surge de uma falta de indigência moral ou psíquica, pois se assim fosse acabaria por ser contraditório, já que sua essência está na própria moral cristã. O homem chega ao niilismo quando se encontra perante uma falsidade contida nos ensinamentos cristãos, pois essa descoberta inicia um processo onde o homem passa a refletir sobre todos os valores da sociedade. Junto com a ruína do cristianismo surge na mente uma desconfiança total de tudo que o cerca, tudo perde o sentido, o homem percebe que vive para o nada e acaba por perder toda as ambições e vontades.

Porém o niilismo em estado psicológico só poderá ocorrer passando por três etapas, sendo que a primeira se dá quando procuramos um sentido em todo o acontecer que não está contido nele, e nessa busca acabamos por perder o ânimo, ou seja, se chega ao niilismo quando tomamos consciência do desperdício de força, da tormenta do “em vão”. A segunda maneira se dá quando o homem se coloca sob uma totalidade, alcança uma espécie de monismo onde ele consegue se libertar se tornando líder de si mesmo, eliminando a necessidade de venerar e divinizar algo. E finalmente após passar por essas duas etapas resta como escapatória ao homem condenar o mundo do vir-a-ser como ilusão, e inventar um mundo que esteja para além dele. Porém, tão logo esse mundo seja criado, o homem percebe que o fez por mera necessidade psicológica e que não tem nenhum direito a ele, e a partir daí o homem se encontra na terceira etapa do niilismo, que leva o homem a total descrença em um mundo metafísico, levando-o a aceitar a realidade do vir-a-ser como única realidade e impedindo a si a crença em qualquer via dissimulada que o leve a ultramundos e falsas divindades, o homem então passa a não mais suportar esse mundo, já que descobre que não se pode negá-lo.



“Tudo que é sólido desmancha no ar, tudo que é sagrado é profanado, e o homem é, finalmente, compelido a enfrentar de modo sensato suas condição reais de vida e suas relações com seus semelhantes.”



Ao chegar no pleno estado niilista o homem passa a não mais poder se persuadir sobre um verdadeiro mundo, já que não lhe resta mais fundamento para isso. As categorias “fim”, “unidade” e “ser”, as quais ele utilizava para impor ao mundo um valor, lhe foram tiradas, tornando o mundo sem valor. A autoridade sobre-humana (divindade) não é mais necessária, mas isso não quer dizer que não há necessidade de uma autoridade. Então, o velho hábito da autoridade traz a consciência em primeira linha, uma autoridade pessoal (sendo dessa maneira quanto mais desprendia da teologia mais imperativa se torna a moral), porém, a vontade de fugir da responsabilidade faz com que o homem caia muitas vezes no fatalismo. Essa total decepção causada pelo desprendimento das falsidades teológicas pode, assim como no budismo, levar a um desprendimento material e proporcionar um desenvolvimento individual que talvez alcance o ponto de livrar o homem da perca total do ânimo que o leva ao fatalismo.

Prof. Rafael Caproni

42 comentários:

  1. "Quando um ser de conhecimento olha o mundo ele "Vê" que tudo é igual e nada é importante. A unica forma de se viver então é através da loucura controlada"
    Don Juan

    C.C.

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    1. No livro "A Vontade de Poder", Nietzsche explica ao pormenor tudo o que pensa sobre o Niilismo. Recomendo a leitura desse livro.

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    2. de acordo Caio, mais leituras de Nietzsche :)

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  2. julia brisa teixeira 8 ano c3 de março de 2010 às 17:10

    jean jakes rosseau ,um dos mais celebres
    filosofos do seculo 18 dizia
    o homem é bom de natureza .a sociedade que o corrompe...
    o contrato social mostrou que os governos foram criados pela vontade dos cidadoes por tanto os cidadoes tem o direito de muda-los

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  3. A linguagem é específica, pois não entendo com clareza.

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    1. Não existe especifico ao se tratar de filosofia! serve para tudo em sua vida! pois você sempre fara melhor aquilo em que você acredita estar certo! embora também possa fazer quase tudo a contra gosto!

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  4. O Niilismo apresenta-se como o nada, por isso, podemos considerar que o sujeito (Crente) de esta ideia, rejeita a "utopia" da gente e por sua vez começa a duvidar da religião, da vida, do esforço, etc. A meu ver podemos considerar que o próprio Niilismo é contraditório, porque duvida de todos que chega a duvidar de si mesmo... Levando por vezes á "Loucura"(Nietzsche)...
    As pessoas devem abrir os olho e utilizar a fenomenologia, só assim é que vão a lado algum... Pense e reflicta, e verá que tudo dará certo, porque este processo, é muito próprio e apresenta-se como um "elemento" base para acreditar na vida e rejeitar o Niilismo...
    Pense e reflicta e verá que tudo tem uma explicação...

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    1. Tudo,tem uma desculpa...é justamente,o que acontece nas políticas(política social e política religiosa)desculpas,para preencher o vazio,deixado,por uma escuridão cultural! (Wilson Santos Filho)

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    2. Alguém conhece uma análise completa do livro ALÉM do Bem e do Mal de Friedrich Nietzsche?

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  5. Para entender o niilismo tem primeiro que ler Nietzsche, pelo menos. O cara não era um doido, maluco, não era Mr. Crowley. Uma coisa é tratar da moral judaico-cristã, outra é criar uma moral anti-cristã.

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    1. No entanto prof., no meu entendimento ser anti moral cristã não significa ser Ateu! O niilismo não conserva a moral religiosa por que, os homens a tornaram hipócrita, não significa que esta morais não sejam certas, a moral de Sidarta Gautama e de Jesus Cristo eram a mesma! desapego ao material e doutrina comunitária (comunismo)! e ambas ajoelham se para algo maior seja na figura divina ou na Iluminação (comunhão com a essência divina)! Doutra forma o niilismo pode mostrar-se bastante humanitário ao praticar o bem sem dizer ou louvar a quem!

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    2. Concordo com o Sr. Luiz Amaro, apesar de não discordar do Professor quando sugere a leitura de Nietzsche.

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  6. Eu já li Nietzsche (Assim falava Zaratustra, e propriamente gostei do manto que estava por detras daquela Historia, mas o niilismo a meu ver não tem fundamento e não nos leva a lado nenhum... Alis, não há caminho certo, isto é, ninguem tem a verdade absoluta... Tudo tem o seu ponto de misterio e crença... Digamos que o Niilismo é super valorização do "eu"... Como tinha dito antes a fenomenologia é um processo essencial para perceber o eu e não o Niilismo... Digamos que o Niilismo é a rejeição da religião... Agora pergunto... Quando provar que Deus não existe eu não acreditarei e não terei mais religião... Mas se não consegue continuarei a tela, porque acho que é uma forma de soltar-me das futilidades e dos prazeres efemeros da vida...

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    1. João no meu ponto de vista é exatamente o contrario, o Niilismo lhe faz sim perceber o Ego e lhe mostra o quão perigoso ele é, pois é para alimentar uma sede insana do ego que vivemos em um mundo consumista! Não trata-se na descrença em Deus, mas na verdade de um deboche as hipocrisias religiosas do homem! o Niilista que chega a este nível de percepção! não necessita ajoelhar-se perante ao altar pois eles faz o bem sem dizer a quem! A verdadeira percepção do ego nos faz notar o quanto somos fúteis e ridículos, portanto nos tornamos mais humanitários!

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    2. Lindo, é isso mesmo, eu me tornei muito mais humanitário e tive vergonha do meu egoismo! Seu blog é ótimo, parabéns! Deixa eu te pergunta uma coisa se não for incomodo claro!? Para chegarmos a este ponto passamos pelo fatalismo? O que vc acha? (É preciso morrer para viver!)...

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  7. Concordo com o professor, tem que ler Nietzsche antes, "Crepusculo dos Idolos", "além de bem e mal", e principalmente a "genealogia da moral",para começar a entender a parcialidade dos termos: verdade, absoluto, futilidade, fundamento, certo, errado, bem e mal.
    Conforme o texto do início, uma das fases do niilismo consiste sim em olhar o outro, mas não como semelhante, como diferente, com honestidade.Desta forma olha-se com clareza também para a ideia de 'eu' que tenta enquadrar todos os homens em um unico tipo. A vontade de igualdade, massifica, quando estamos ressentidos o suficiente para acatar os valores morais, metafisicos e religiosos. Não trata-se pois, de atingir virtude e felicidade com verdade absoluta, ou com verdade alguma, conforme provoca-nos o niilismo. Antes de tudo, ainda bem!, trata-se de mentira, de criação. neste ponto, para certos organismos e tipos seletos, pode-se encontrar prazer no efemero sempre que se age de acordo com impulsos e instintos próprios de maneira soberana. Há que ser ponderado que existe uma hierarquia, assegurada por um conhecimento de si, como particular, um amor proprio e sincero, encanrando portanto com seriedade a propria vida e sua relação com o OUTRO. o sujeito que toma a afirmação finalmente como a primeira, e soberana, fortalece e impulsiona a vontade de potencia, tornando-se assim, de acordo com a necessidade, "aquilo que se é!" Precisam ser descontruidas, a marteladas, as confusoes, que se operam na edificação do 'eu', da crença na total precisão das avaliações de causas e efeitos,levar em conta e atacar a vontade de verdade que propaga o homem em devaneios em busca de explicações precisas e fabulosas, tanto em estados fisicos, e pisicologicos, como em proposiçoes metafisicas, e morais. Pela sugestao da psicologia do erro(Crepusculo dos Idolos), ate uma boa digestao pode ser confundida com a confiança em deus. Quinata ilustrou: " o bicho quando quer fugir dos outros, faz um buraco na terra. o homem para fugir de si, fez um buraco no céu"

    Clarissa Mendes, clariayres@hotmail.com

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Para perceber que tudo não passa de uma fantochada, primeiramente, recomendava a ler Descartes e os seus principios da filosofia. Neste livro, está provada a existência de Deus, passando varios seculos, ainda não foi provado o contrario. Aconselharia a ler. Para perceber que O Homem pensa em Deus, como ele é, que é, e se existe. E Deus pensa no Homem. Quando provares que Deus não existe, deixarem de acreditar nele. Deus é uma grande incognita, mas Descartes conseguiu provar que existia- Leia o seu livro. Os principios da filosofia, e entenderá o que estou a dizer. Xau.. Até depois.

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    1. A meu modo joão e acredito em Deus e concordo com os cristãos que dizem que ele é justo!, se é justo e reciproco, se é reciproco, pode ser muito amável ou muito furioso! entretanto não é deus que esta errado! são os homens que banalizaram sua real verdade e nos escandalizam com sua hipocrisia ao ridicularizar a moral que pregam! ou você acha que Jesus Cristo pregava humildade, pra ver o papa em castelo de veraneio! Silas Malafaia de Jatinho, Edir Macedo de helicóptero e etc...

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    2. Descartes provou que Deus existe?? Kkkk esse ai ta viajando, só pode
      E provar q Deus não é existe. Você cobrar isso é estupidez demais... Se estudar você vai saber porque não da pra provar q Deus não existe mesmo q ele não exista... Melhor ir estudar rs

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  10. Nietzsche chama de niilismo toda as formas de negaçao do Agora que aspire ao Nada.Ele ve isso nao so nas religioes,com suas ideias de Paraiso,mas principalmente nas ciecias,com seus ideais de futuro,ja que para ele esta tomou o lugar de Deus(a morte de Deus) na promessa de curar todos os males.Pae o ra Nietzsche ambas as correntes concebem esse mundo como erro e o negam apontando para o Nada;porvir no lugar do devir.Acredito que isso esta clero em Assim falou Zaratustra no discurso"Dos negadores do corpo".Como disse acima nosso amigo Joao Matias: O niilismo(nao)leva ao Nada.

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  11. Entedo dentro desta pespectiva de nietzsche, que o homem quado nasce e jogado dentro de um nada e não a nada que ele poça fazer, porque tudo o que ele fizer terminara em nada

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  12. Pela breve explicação do João Matias percebe-se sua ingenuidade perante o mundo. É muito simples se deixar levar por uma pensamento de um ilustre pensador cujas teorias convergem aos seus interesses. Descartes não está necessariamente certo em prever qualquer existência divina, tampouco seu método é infalível, melhor seria se ele se detivesse apenas no campo da Matemática. A própria intenção de Descartes é contraditória com os pressupostos da Igreja, onde afirma-se a aceitação dos dogmas sem causas racionais prévias, oriundas da vontade divina. Em uma perspectiva analista da História, a tentativa do filósofo é de formular suas teorias e ser aceito pela organização social francesa no século XVII, ainda marcada pela influência clerical. É importante desconsiderar as teorias cartesianas sobre a religião, uma vez que suas próprias meditações partiam de axiomas válidos somente à áreas de cunho matemático.

    Eduardo Marques

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  13. BOM, A MAIORIA DOS NIILISTAS DIZEM QUE APESAR DE O NIILISMO SER UMA MANEIRA DE NOS MOSTRAR DE FORMA HONESTA ATRAVÉS DA REFLEXÃO A VERDADE SOBRE NOSSA EXISTÊNCIA,(ATRAVÉS DE "FATOS" OBJETIVOS) ELE NÃO TEM APLICAÇÃO PRÁTICA, APENAS TEORICA.
    E É CLARO QUE PARA UM SER HUMANO CONSEGUIR REFLETIR O SUFICIENTE A PONTO DE ENTENDER EM ABSOLUTO A TEORIA DO NIILISMO, ELE PRECISA TER O MÍNIMO DE INTELECTO E CORAGEM PARA ENFRENTAR VERDADE!
    DISCUSÕES E PREOCUPAÇÕES NÃO VALEM À PENA, POIS A NOSSA EXISTÊNCIA NÃO POSSUI SENTIDO, SIGNIFICADO OU QUALQUER FINALIDADE!NADA IMPORTA NO QUE DIZ RESPEITO À NÓS, POIS SOMOS UM ACIDENTE! O SER HUMANO EQUIVALE À NADA ALÉM DA MATÉRIA!

    FRANCIELI DEZORDI

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    1. Concordo em grande parte contigo Francieli exceto com o final! o homem é as obras que ele faz em vida, não me refiro a grandes feitos, mas sim nas pequenas diferenças! tenho certeza que tu como Niilista jamais deixou de estender a mão para o teu próximo mesmo, nos sendo um amontoado de carne e osso! Afinal de uma coisa sim estou certo! Um pão faz grande diferença para quem tem fome!

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    2. parabems, por tao boas explicaçaes sobre a nossa existência
      que nos alivia dos dogma tenebroso da cultura ocidental
      que tem pregado a mentira a ilusão e sórdida busca de um
      mundo do além.

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    3. Muito bem , estamos renaiscendo das cinzas , acontar por todo sofrimento que a religião judaica cristã impôs ao s ocidentais
      indusindos a crê num céu como paraiso, e em uma terra como inferno
      Ó SANTA IPOGRESSIA........

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    4. De que vale tanta sabedoria referente a um filósofo! que na verdade sobre Deus nada entendeu.
      É tentando terminou louco.

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    5. De que vale tanta sabedoria referente a um filósofo! que na verdade sobre Deus nada entendeu.
      É tentando terminou louco.

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  14. Não sei como descrever esse blog,muito bom,sou apaixonada por história e como estou estudando para o vestibular me será muito útil. Parabéns!
    E em relação a Nietzsche,eu gosto muito da filosofia dele mas percebo que ainda tenho muito a aprender,e o texto foi de grande ajuda para o meu melhor entendimento.

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  15. http://assimfalounietzsche.blogspot.com

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  16. Eu acho o Niilismo como uma Filosofia dos fortes, não é facil encarar este Universo seguindo leis que segundo os outros são loucas e Arbitrárias e, isto é o que Me fascina no Niilismo, o ''EU''.

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  17. Bem pensado! realmente o Niilismo é um pensamento cativante, chego a lembrar de músicas como "I got a feeling" de Black Eyes Peas e "yeah" de Usher. Me sinto simplesmente entusiasmado com essa reflexão niilista sobre o nada que encontramos ao viver essa vida que não significa nada, dá vontade até de dançar, sério! #timeniilista

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  18. Um dos melhores textos sobre o Niilismo que já li em blog. Parabéns!

    Ass: uma Niilista declarada.

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  19. Do rancoroso cristão ortodoxo, passando pelas montanhas das aparências burguesas, até o último fio de cabelo do ateu militante mais convicto. A todos nós, espíritos fáusticos. A todos nós filhos do niilismo. Saúdo-te, mundo grotesco. -- Concebendo tudo isso como fábula, criando mitos sobre mitos para justificar nossa porca existência, tudo se torna apenas vontade de poder. No entanto, se não há valores e tudo, absolutamente tudo, é vontade de poder (vontade de conquistar, de ser o soberano num mundo fictício; nas turbilhonantes paredes do vácuo dinâmico do mundo) então há sim um universal, há algo que nos guia, que nos move... Há sim um Deus! a vontade de poder. Deus existe mesmo que ele nunca tenha existido.

    E seguiremos, assim, acreditando num manipanso qualquer. Por que o que é tudo senão aquilo que pensamos de tudo?

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  20. Muito bom!

    É importante sabermos que só os espíritos livres conseguem viver o niilismo ativo, movido por forças ativas, ou seja, criativa, que consegue transvalorar os valores.

    Este niilismo ativo é, por fim, viver a vida de peito aberto. Existe coisa mais nietzscheana que isso? Esta é a dinamite, é o livre correr da potência. Não existe outra forma de niilismo ativo que o da explosão.

    Ao mesmo tempo, o niilismo reativa, negativo ou passivo são frutos da própria estrutura religiosa do pensamento, aquela que faz com que vivamos a vida pós-morte e deixemos de viver aqui e agora.

    Eu tratei um pouco disso com base no texto Niilismo Europeu, aqui no meu blog, dê uma olhadinha ;) https://colunastortas.wordpress.com/2014/09/24/o-niilismo-nietzsche-decadencia-como-um-processo/

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  21. A verdade liberta da matrix, tornando o sujeito em agente, em seu próprio deus. Porem preso a um mundo material, que nega a subjetividade. E materializa o abstrato ao bel prazer (...)
    Contudo pra nós, este mundo serve de prisão, para agregar a cada dia que se renova uma nova história e experiência, nessa formula metamórfica...vivendo e aprendendo desaprender;ensinando aos mesmo tempo aprendendo. "Ensinar a pescar o peixe dos iconoclastas e dos adoradores de imagens". Se todos tivessem dentro de sí, um niilista, nosso mundo seria o ceu.

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    1. Olha, sério mesmo, o niilismo ja aconteceu comigo. Eu não entendia nada sobre isso, mas acabei praticando esse "nada" em uma escola. Foi uma experiência desconfiante e ao mesmo tempo satisfatória, pois eu acabei aprendendo como vc mesmo disse ai no seu texto, coisas que eu jamais aprenderia talvez nessa vida. Acredito que o ser niilista observa um papel com tintas de lápis de cor pintadas nessa folha e ele mesmo se coloca em um mundo diferente do que ele está envolvido em seu dia a dia. Agora pergunte: como o niilismo é na escola?

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  22. Alguém conhece alguma análise completa do livro Além do bem e do mal de Nietzsche?

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  23. Roberto Autran Nunes14 de março de 2023 às 05:26

    Ecce Homo... Friedrich Nietzsche era ateu niilista e tinha um QI 180.

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